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A Trajetória Histórica dos Computadores – II

A Evolução

Para que os computadores alcançassem o patamar tecnológico atingido hoje, houve milhares de adaptações. Toda a tecnologia empregada nestes, que hoje conhecemos como máquinas multifuncionais com incríveis configurações, passou por diversos aperfeiçoamentos. A matemática, eletrônica e engenharia tornaram-se inerentes a todas e quaisquer evoluções computacionais.

Considerando-se todos os sistemas análogos à história da computação, esta é seccionada em quatro esferas.

• Primeira esfera: Geração I (1951-1959)
Já ouviu falarem de circuitos ou válvulas eletrônicas? Pois, então. Estes componentes foram essenciais para o funcionamento da primeira geração. Contudo, o livre uso e acesso a esta não pode ser comparado ao conceito que atingimos atualmente. Isso pelo fato de, naquela época, a utilização ser exclusiva para uso restrito e, é claro, sem contarmos com o volume de espaço que os equipamentos ocupavam e a imensa quantidade de energia necessária para seus devidos funcionamentos.

Historicamente, o modelo mais conhecido e abordado é o ENIAC (Eletronic Numerial Integrator and Computer – em português, computador integrador numérico eletrônico). Essa máquina teve seu processo de desenvolvimento iniciado em 1943, ao decorrer da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de calcular trajetórias táticas que precisassem de vasto conhecimento matemático. No entanto, apenas ao final da guerra é que seu uso foi efetivado. O ENIAC possuía 17.468 válvulas termiônicas, de 160 quilowatts de potência. Ademais, sua capacidade de processamento limitava-se a realizar 5000 operações por segundo.  Atualmente, para se ter uma ideia, um processador Core I3 da empresa Intel, por exemplo, é capaz de realizar algo em torno de 3.400.000 operações por segundo.



• Segunda esfera: Geração II (1959-1964)
Com o advento da segunda geração, vieram melhorias importantes. As válvulas, que antes eram grandes e consideravelmente lentas, deram lugar aos transistores. Estes agregaram maior velocidade e maior volume às máquinas daquela época. Igualmente, o peso diminuiu significativamente. Um computador como o ENIAC, por exemplo, regrediu numericamente do valor de trinta toneladas para apenas uma. Atributos como estes foram precursores da expansão dos computadores. Tanto que, ao decorrer dessa geração, as máquinas deixaram de serem restritas apenas de uso restrito para atuarem nos setores comerciais. 

Somado a isso, a linguagem de programação das máquinas desse período, conceituada como Assembly, era feita por meio da perfuração de cartões. Em meio a tantas evoluções exponenciais, esse processo ainda necessitava de muito tempo para ser concluído, a forma de armazenar dados era realizada através de fitas magnéticas.



• Terceira esfera: Geração III (1965-1971)
Como fator característico de todas as gerações, melhorias vêm para acrescer ao progresso das máquinas. Na terceira geração, o que conhecemos como circuitos já estavam presentes nos computadores do período. Esses acabaram por tomar o lugar dos transistores, trazendo menores dimensões e superior poder de processamento. Não tão distante, foi nesse período que os chips foram desenvolvidos. Além do mais, diferente da segunda geração, nessa os computadores não ficaram restritos ao uso comercial, mas, sim, passaram a fazer parte do uso pessoal da população.




• Quarta esfera: Geração IV (1971-1981)
Pode-se dizer que a quarta geração de computadores teve como marco a criação do primeiro microprocessador da Intel, o Intel 4004, consideravelmente mais potente que quaisquer circuitos desenvolvidos até então, e teve seu fim selado quando houve o lançamento dos Circuitos de Escala Ultra Grande (ULSI). Vale salientar que os circuitos integrados continuaram sendo desenvolvidos, todavia, visando-se acrescer o maior número possível de componentes em um único chip.

Esse período foi marcado pela chamada miniaturização dos computadores. Os Circuitos de Larga Escala, por exemplo, agora podiam comportar mil transistores por chip; e os Circuitos de Larguíssima Escala comportavam até cem mil transistores por chip. Devido a esses fatores é que esses circuitos puderam ser denominados como microprocessadores. Não obstante, com tamanho progresso, houve novas  ascensões: os computadores diminuíram ainda mais o seu tamanho, graças ao uso dos microprocessadores; e, com o aumento da velocidade, tornou-se possível a execução de um número cada vez maior de tarefas ao mesmo tempo. Por fim, de forma branda, a disseminação do uso dos computadores para uso pessoal passou a ser algo notório a partir da década de 90.


Comentários

  1. Meu Deus, esse conteúdo aqui me ajudou muito, agradeço ao João Vitor que pode ceder esse resumo da histohis da computação, que continue assim

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